Confirmada demissão de Carlos Ghosn

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De  Nara Madeira
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O conselho de Administração da Nissan confirmou a demissão de Carlos Ghosn, da presidência do grupo e dos restantes cargos que ocupava.

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O conselho de Administração da Nissan confirmou a demissão de Carlos Ghosn, da presidência do grupo e dos restantes cargos que ocupava. Uma queda, que era já esperada, do homem que liderou os destinos da Nissan durante quase duas décadas. Uma decisão que é tomada na sequência do escândalo que levou à detenção de Ghosn, acusado de corrupção. Será agora criado um comité especial para procurar um novo presidente.

Em comunicado a construtora automóvel japonesa confirmou ainda que, o conselho decidiu manter "a parceria de longa data com a Renault".

A especulação sobre o que aconteceu, realmente, aumenta. Há mesmo quem acredite que se tratou de uma estratégia para afastar Ghosn.

O agora ex-presidente do grupo automóvel nipónico estava a planear uma fusão entre a francesa Renault e a Nissan antes de ser detido em Tóquio. Negócio contra o qual estaria o conselho de administração:

"Agora eles veem-se como o condutor dos destinos da empresa, eles não gostaram do facto de serem empurrados para uma aliança corporativa com o Estado francês. Isso não combina com eles", adianta Bill Blain, estratega da Shard Capital.

França já disse ao Japão que agora não é hora de contemplar mudanças, no equilíbrio de poder, dentro da aliança Renault-Nissan, avançou fonte do gabinete do presidente Macron.

A Mitsubishi Motors vai realizar uma reunião, na próxima semana, para discutir o futuro de Ghosn:

"O que aconteceu com a Renault, foi um grande sucesso para a Nissan e a Mitsubishi. Mas sem Ghosn as possibilidades de ter alguém para manter esta parceria são reduzidas", afirma Justin Urquhart Stewart, da Seven Investment Management.

Uma lenda na indústria automóvel, Ghosn está detido na capital japonesa e com inúmeras restrições. Com o mundo o contacto é, basicamente, inexistente, enquanto aguarda que o seu futuro seja decidido.

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