Delegações de 197 países reunem-se na cimeira da ONU sobre o clima. No início dos trabalhos, na cidade polaca de Katowice, o presidente da cimeira ressaltou a urgência de uma mudança.
Delegações de 197 países começaram, esta segunda-feira, a trabalhar na mais importante reunião das Nações Unidas sobre o clima desde o acordo de Paris 2015 para a redução dos combustíveis fósseis.
Mas são baixas as expectativas de que as negociações na COP24 (24ª conferência das partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Unfccc) respondam às preocupações expressas nos mais recentes relatórios, em face do aumento das emissões de gases de efeito estufa.
Contudo, na cerimónia de início dos trabalhos, na cidade polaca de Katowice, o presidente da cimeira ressaltou a urgência de uma mudança:
"O Secretário-Geral das Nações Unidas está a contar connosco, todos nós, para para avançar, e não há plano B," afirmou o presidente da COP24, Michal Kurtyka.
O país anfitrião é, no entanto, um dos que terá dificuldade em abandonar a dependência dos combustíveis fósseis. Atualmente, o carvão, que é também um grande empregador, fornece 80% da energia polaca.
Um argumento que não convence a ONU:
"Algumas sociedades estão a dizer que é o clima ou o emprego. Não é assim. Por exemplo, sobre as energias renováveis, há dados muito fortes e confiáveis que dizem que a energia renovável vai criar milhões de novos empregos," declarou a Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Maria Espinosa.
As exigências para que os países enfrentem as mudanças climáticas são cada vez mais fortes.
Em Bruxelas, cerca de 65 mil pessoas participaram, domingo, na manifestação "Reivindique o Clima", pedindo que as políticas climáticas limitem o aquecimento global a 1,5 graus Celsius, em linha com as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris.