Como o pacto das migrações divide a Europa

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Pacto da ONU para as migrações cria mais fragmentações numa União Europeia já dividida sobre as respostas a dar.

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Existem atualmente mais de 250 milhões de migrantes pelo mundo fora, ou mais de 3% da população mundial, e a tendência é para crescer. É com base nestes números que surge o pacto da ONU, a primeira tentativa global para chegar a um acordo comum sobre as políticas migratórias.Mas o que consta exatamente no compromisso que vai ser assumido agora em Marraquexe?

"O que é dito é para recordar, efetivamente, a todos os governos que estão comprometidos com este Pacto Global, que devem respeitar os direitos humanos aos quais já se submeteram internacionalmente. Chegou o momento desses governos serem honestos, de reconhecerem que têm essas obrigações, de pararem com o discurso antimigração paranóico e populista. Também chegou o momento de normalizar as migrações", afirma Sergio Carrera, investigador em Políticas de Migração no centro CEPS, em Bruxelas.

Há dois anos, a União Europeia apelava a uma estratégia comum para enfrentar este fenómeno. Mas dez países do bloco europeu - incluindo a Áustria, a Itália, a Hungria, a República Checa e a Croácia - preferem medidas unilaterais, alegam interferências na soberania nacional e disseram "não" ao Pacto da ONU.

"Há já alguns meses que estamos a seguir um outro caminho relativamente ao problema das migrações. Temos um novo acordo em cima da mesa que nos vai permitir ir muito mais longe do que os modelos com uma abordagem idêntica para todos os países", explica Herbert Kickl, ministro do Interior austríaco.

As diferentes visões do que deve ser a resposta ameaçam criar mais fragmentações dentro da Europa e no seio dos próprios países. Que o diga a Bélgica, onde os nacionalistas flamengos acabaram de abandonar o governo.

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