Guerra da Síria fez com que 5,6 milhões de pessoas fugissem para países vizinhos
A guerra na Síria fez com que mais de 5 milhões de pessoas fugissem para países vizinhos.
"Temos de continuar o nosso apoio enquanto for necessário, porque este é o nosso dever moral."
Comissário para a Ajuda Humanitária da UE
Só em Azraq, o segundo maior campo de refugiados da Jordânia, estão 40 mil pessoas.
As circunstâncias obrigou-os a recomeçar a vida, sem saber quando iriam regressar ao país que abaondonaram. Alguns já não querem fazê-lo.
"Não quero voltar para a Síria. A minha aldeia fica entre a Síria e o Líbano. Vamos ficar aqui até que este país nos acolha.", contou um dos refugiados à Euronews.
Desde julho deste ano cerca de 43 mil pessoas regressaram aos países de origem. Não se sabe ao certo quantas já saíram de Azraq, até porque se o fizeram, foi pelo proprio pé. Não há dados nem "caravanas" organizadas para que as pessoas regressem aos países de origem.
Fundos Europeus
A energia que alimenta Azraq e muitos outros campos de refugiados chama-se União Europeia.
Todos dependem dos fundos que chegam da Europa desde que começou a guerra.
Apesar da maioria dos refugiados trabalhar nas recém comunidades criadas em vários países, os recursos não chegam para os bens mais básicos como comida, educação e cuidados médicos.
Christos Stylianides, Comissário de Ajuda Humanitária da UE, admite que é "um dever" continuar a ajudar estas pessoas.
"A União Europeia e os nossos Estados-Membros já prestaram mais de 11 mil milhões de euros de assistência desde o início da guerra e é claro que temos de continuar o nosso apoio enquanto for necessário, porque este é o nosso dever moral", admitiu Stylianides à Euronews.
Enquanto os doadores internacionais se esforçam para ajudar milhões de refugiados sírios que fugiram para países vizinhos, as condições humanitárias na Síria são de limite. Nove milhões de pessoas continuam a precisar de ajuda.