Mulher libertada depois de ser violada e julgada por aborto

Mulher libertada depois de ser violada e julgada por aborto
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Em El Salvador, uma mulher violada pelo padrasto foi julgada por tentativa de homicídio por alegadamente ter tentado abortar. Agora, foi libertada.

PUBLICIDADE

Imelda Cortez, uma mulher acusada de tentativa de homicídio, em El Salvador, por alegada tentativa de aborto, foi libertada. Por ter dado à luz numa latrina uma criança, depois de ser abusada pelo padrasto desde os 12 anos., enfrentava uma pena de até 20 anos de prisão.

A bebé foi encontrada com vida, mas as suspeitas de um médico de tentativa de aborto enviaram Imelda para a prisão. Em El Salvador, o aborto é crime, em qualquer circunstância, há 21 anos.

Sob custódia durante desde abril de 2017, Imelda Cortez começou a ser julgada em novembro. O tribunal deliberou que a ré não sabia que estava grávida e declarou-a inocente.

Berta de Leon, advogada de defesa, considera que "as autoridades judiciais estão a começar a analisar os casos de uma outra perspectiva e em benefício dos direitos das mulheres."

No entanto, no caso de Imelda, a audiência preliminar foi adiada sete vezes, por faltar um exame psicológico, que não era realizado por falta de recursos. O tribunal não teve em conta as violações, nem aceitou a inclusão de um teste de ADN e adiou nove vezes os exames psicológicos por falta de recursos.

O padrasto está agora preso e aguarda julgamento.

De acordo com grupos de direitos humanos, mais de 100 pessoas no país foram condenadas, desde 2000, por crimes relacionados com aborto.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Histórias de mulheres confrontadas com a questão do aborto na Argentina

Processo de António Costa desce do Supremo para o DCIAP

Giorgio Armani acusada de ter fábricas ilegais na Lombardia e exploração laboral