No Brasil, o Ministério Público do Ceará criou um gabinete de crise para combater a violência registada nos últimos dias.
No Brasil, o estado do Ceará vive há vários dias uma onda de violência. Para além do reforço policial, o Ministério Público estadual anunciou, esta segunda-feira, a criação de um gabinete de crise para acompanhar a investigação dos crimes.
Ainda a ferro e fogo, Fortaleza limpa os destroços de seis dias consecutivos de violência. Mais de 120 ataques foram registados desde 2 de janeiro. Uma onda de crimes, que já levou à detenção de 110 suspeitos e à morte de duas pessoas. Mas nem a chegada de 300 elementos da Força Nacional e o reforço da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar impediram grupos criminosos de incendiarem uma ambulância, uma loja e atacarem uma rádio, na última madrugada.
Sem fim à vista, a onda de violência terá começado pela mão de facções criminosas, como represália ao anúncio de medidas para endurecer o sistema penitenciário do Ceará.
Em resposta aos ataques, o governo estadual solicitou 60 vagas para transferir os chefes das organizações criminosas para prisões federais. Um pedido já aceite e posto em marcha pelo Ministério da Justiça. Nas prisões da região foram apreendidos mais de 400 telemóveis, televisores e droga.
O estado do Ceará, diz um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, tem quatro das cidades com mais violência do Brasil. Fortaleza foi já considerada a sétima cidade mais violenta do mundo.