Por temer pela própria vida, o primeiro deputado federal assumidamente homossexual do Brasil abandonou o país. Jean Wyllys não revela onde está, mas diz que não tenciona voltar, pois não quer ser "um mártir".
Por temer pela própria vida, o primeiro deputado federal assumidamente homossexual do Brasil abandonou o país. Jean Wyllys não revela onde está, mas diz que não tenciona voltar, pois não quer ser "um mártir". O crítico de Bolsonaro abdica assim do terceiro mandato enquanto deputado do Partido Socialismo e Liberdade.
Desde o assassinato da sua amiga Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, que Jean Wyllys estava sob proteção policial.
"Sou alvo também de ameaças, ameaças de morte, que não ficaram restritas a mim, que se estenderam também à minha família e o objetivo dessas ameaças é também melindrar, calar, amedrontar, fazer com que eu recue", diz num vídeo do PSOL, divulgado a 2 de outubro de 2018.
No Twitter, o presidente do Brasil escreveu "Grande Dia". Mas Jair Bolsonaro já desmentiu a associação feita pela imprensa brasileira de que a frase se referia a Jean Wyllys.
O tweet do seu filho, Carlos Bolsonaro, já será mais difícil de dissociar do abandono do deputado crítico do seu pai, apesar de também não citar o nome de Wyllys.