Ministro dos Negócios Estrangeiros da Líbia garante que não existe escravatura no país mas admite tráfico de pessoas
Os chefes de Estado e de governo de África estiveram reunidos em Adis Abeba para a 32ª cimeira da União Africana. O problema dos refugiados, retornados e deslocados internos foi o prato forte do menu na capital etíope.
Mais de um quarto dos 25 milhões de refugiados mundiais é proveniente da África Subsariana. A questão preocupa os líderes africanos, que procuraram uma solução na cimeira de Adis Abeba. A Líbia, ponto estratégico na passagem para a Europa, é um dos países mais afetados. Mohammad Taha Siala, ministro dos Negócios Estrangeiros da Líbia, reconhece que a situação é complicada mas encara o futuro com otimismo:
"Não existe escravatura na Líbia, não existe na nossa religião nem nas nossas leis. Mas existem alguns traficantes que vendem pessoas a outros traficantes. Estamos a lutar contra isso e estamos satisfeitos por já existirem sanções da comunidade internacional para estes traficantes."
Além da questão migratória, o novo presidente da União Africana, Abdel-fatah Al-Sisi, prometeu ainda lutar contra o extremismo e o terrorismo, que definiu como as maiores ameaças ao continente.