Os dois filmes são apresentados como grandes favoritos aos Óscares, dentro de menos de duas semanas.
O Royal Albert Hall de Londres vestiu-se de Gala para os prémios da Academia Britânica de Cinema, os BAFTA, mais uma série de prémios que permitem ter uma ideia do que se pode vir a passar nos Óscares: "A Favorita" e "Roma" foram os grandes premiados da noite.
Perante o olhar da realeza atual, os príncipes William e Kate, foi um filme sobre a realeza de outros tempos a levar a maior quantidade de prémios: "A Favorita", com realização do grego Yórgos Lánthimos, teve direito a seis galardões, incluindo o de melhor filme britânico e os dois prémios de interpretação feminina: o de atriz secundária para Rachel Weisz e o de atriz principal para Olivia Coleman.
O filme passa-se na corte da Rainha Ana, no início do século XVIII e tem realização do grego Yórgos Lánthimos, um dos cineastas mais desconcertantes da atualidade, autor de "Canino", "A lagosta" e "O Sacrifício de Um Cervo Sagrado".
"Roma", de Alfonso Cuarón, ficou com o prémio de melhor filme. O mexicano foi ao palco também receber o de melhor realização.
"Ver um filme sobre uma empregada doméstica indígena ser acarinhado desta forma, numa altura em que o medo e a raiva nos estão a dividir, é algo que representa o mundo para mim", disse o realizador.
"Roma", um filme de uma rara beleza, baseia-se nas memórias de infância do próprio Cuarón. Foi um premiado diferente, por duas razões: É um filme não falado em inglês e é distribuído pela plataforma Netflix, cada vez mais presente no mundo do cinema.
Rami Malek, o Freddie Mercury de "Bohemian Rhapsody", ficou com o prémio de melhor ator e Spike Lee teve direito ao galardão de melhor argumento adaptado, por "BlacKkKlansman". A cerimónia dos Óscares tem lugar em Los Angeles, na noite de 24 de fevereiro e competição anuncia-se renhida.