Milhares de pessoas invandiram as ruas de Tirana para protestar contra o Governo "corrupto" do socialista Edi Rama.
Milhares de pessoas voltaram esta quinta-feira a inundar as ruas de Tirana, cinco dias depois de protestos marcados por confrontos com a polícia albanesa.
O edifício do parlamento foi rodeado com arame farpado e a sessão plenária cancelada. As autoridades recorreram ainda a gás lacrimogéneo para dissuadir alguns manifestantes de tentar entrar no parlamento.
A oposição exige a demissão do governo que acusa de ser corrupto e ter ligações ao crime organizado.
O líder do Partido Democrático, Lulzim Basha, garante que vão "continuar imperturbados nesta busca pela liberdade e pluralismo que une os albaneses há 29 anos, até que o governo saia".
Os 65 deputados da oposição demitiram-se e juntaram-se aos protestos de rua. Apesar da pressão política e mediática, o governo parece impávido, como revela o correspondente da Euronews na Albânia, Ernest Bunguri.
"A resposta do governo, até agora, tem sido que têm uma maioria clara e que cabe ao povo decidir nas eleições quem governa o país. O governo afirma que estes movimentos e protestos da oposição, são apenas tentativas de chegar ao poder, de ter eleições, mas não através dos processos democráticos. Por isso não reagiram, nem deram nenhum sinal em resposta a estes protestos."
Desde 2013 que o socialista Edi Rama lidera o governo albanês. O país espera iniciar este ano as negociações de adesão à União Europeia, mas Bruxelas já aconselhou primeiro a fazer progressos na luta contra o crime organizado e corrupção.