Jovens voltam a manifestar-se pelo clima em todo o mundo

Tem sido assim todas as sextas-feiras, em nome do futuro. Milhares de estudantes de todo o mundo participam hoje no protesto mundial "Friday for Future", que deverá quebrar recordes.
Os jovens sairão às ruas durante o horário escolar. Dizem poder aguentar as faltas às aulas mas não as mudanças climáticas.
O movimento começou no ano passado com a jovem sueca Greta Thunberg como forma de protesto contra a falta de ação do Governo no combate às alterações climáticas. Foi ganhando força e agora faz-se notar em cidades de todo o mundo.
O ativismo de Greta já lhe valeu a nomeação para o Prémio Nobel da Paz. Um reconhecimento que aceitou com satisfação.
Na quarta-feira, vários jovens foram convidados para o Parlamento Europeu. Com o impulso dos "Verdes", a própria líder do movimento estudantil foi chamada a discursar mas a iniciativa foi bloqueada por várias formações.
"Uma das principais coisas que temos vindo a dizer é que o debate com os peritos em clima deve avançar porque têm as soluções que os políticos precisam. Por isso, em vez de nos perguntarem a nós apenas, convidem especialistas em clima. Se ouvirmos os discursos dos nossos políticos percebemos realmente o sentido de urgência. Mas quando analisamos as ações percebemos a distância e quase parece que nunca ouviram falar de uma crise climática porque não a estão a tratar como uma crise", explicou a jovem ativista Anuna De Weber.
As primeiras manifestações desta sexta-feira pelo futuro aconteceram em escolas da Austrália e Ásia. Em Portugal os jovens também prometem fazer-se notar.