Um ano da morte de Marielle Franco e tudo por resolver

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De  Ana Serapicos com Lusa, Reuters
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Rio de Janeiro foi palco de mais uma manifestação não violenta por parte de apoiantes da ativista, os quais exigem saber o que aconteceu no dia 14 de março de 2018

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Passou um ano desde que Marielle Franco foi assassinada, juntamente com o seu motorista, Anderson Gomes. Um ano passou e o caso continua por resolver.

Marielle foi eleita vereadora no Rio de Janeiro pelo PSOL, em 2016, e foi a quinta mais votada da cidade. A ativista foi morta com mais de 10 tiros dentro do carro onde seguia, depois de sair de um evento chamado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, no Rio de Jnaeiro, a 14 de março de 2018.

No mesmo dia, um ano depois, centenas juntaram-se em frente à Câmara Municipal no Rio de Janeiro. Amigos, familiares e apoiantes levantaram a voz e cartazes para que a luta da ativista não entre em esquecimento e para que as perguntas sobre o assassinato não fiquem por responder.

Morte encomendada?

A investigação do Ministério Público não exclui a hipótese de morte encomendada. Na conferência de imprensa que aconteceu esta quarta-feira, a promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Simone Sibilio,  disse que Marielle Franco foi morta devido à "repulsa" do atirador, Ronnie Lessa, nutria pela sua atuação política em defesa dos direitos das minorias. No entanto, essa motivação não inviabiliza que alguém tenha encomendado o homicídio, de acordo com as promotoras de justiça.

A irmã da ativista, Anielle Franco, também esteve presente na manifestação. Aos jornalistas presentes no protesto não violento do aniversário da morte de Marielle, a irmã da ativista voltou a referir o mesmo.

Anielle acredita que alguém esteja por detrás do crime: "Um crime como este, que foi planeado e encomendado, que foi cometido contra a demcoracia, não pode ficar por resolver desta maneira.", disse Anielle Franco.

Reuters

Suspeito terá sido avisado antes da detenção

Foram detidos dois polícias militares, suspeitos de cometer o crime que está a indignar o Brasil.

O Ministério Público brasileiro divulgou que o polícia militar reformado suspeito do homicídio da vereadora terá sido avisado que estaria em curso uma operação para o deter.

Em conferência de imprensa no Rio de Janeiro, Simone Sibilio, indicou que o polícia militar reformado Ronnie Lessa foi detido hoje pelas 04:30 (07:30 em Lisboa), quando se preparava para sair casa, tendo acabado por confirmar que recebeu um aviso de que estava em curso uma operação para o deter.

Há assim suspeitas de fuga de informação dentro da operação levada a cabo pelo Ministério Público do Brasil.

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