Morte suspeita de testemunha das festas "bunga bunga" de Berlusconi

Um antigo primeiro-ministro, uma testemunha comprometedora e uma morte suspeita... A Itália tem as atenções centradas na morte suspeita de uma jovem modelo marroquina que alegadamente participou nas famosas festas "Bunga Bunga" de Silvio Berlusconi e que estaria a escrever um livro sobre ele e figuras politicas próximas.
O antigo primeiro-ministro tenta sacudir suspeitas. "É sempre triste quando uma jovem morre. Eu nunca conheci esta pessoa, nunca falei com ela, o que eu leio das alegações parece que tudo foi inventado, um absurdo", declarou.
Imane Fadil, 33 anos, morreu no dia 1 de março, depois de um mês no hospital. Quando deu entrada na unidade clínica de Milão queixava-se de dores de estômago e dizia ter sido envenenada.
Suspeita-se de envenenamento com uma substância radioativa, os testes clínicos ainda decorrem.
A modelo testemunhou no julgamento de 2012 contra Berlusconi, acusado de ter pago a uma prostituta menor, chamada Ruby, para participar nas festas sexuais, que estiveram na origem do chamado "Ruby Gate".
Depois de uma condenação a sete anos de prisão, o chefe de governo foi absolvido no supremo por não se ter "provado que soubesse a idade da prostituta".