O presidente argelino, no poder há 20 anos, tem perdido aliados. Esta terça-feira, o chefe do Estado-Maior do Exército argelino, Ahmed Gaed Salah, pediu para que Bouteflika seja afastado do cargo por incapacidade. Salah era considerado um dos homens mais fiéis ao presidente.
Abdelaziz Bouteflika está cada vez mais isolado. O presidente argelino, no poder há 20 anos, tem perdido aliados.
No seio do seu próprio partido, a Frente de Libertação Nacional, há vozes que pedem que Bouteflika abandone a presidência.
A coligação no poder dá sinais de divisão. Na terça-feira foi a União Nacional Democrática que pediu a renúncia do presidente. O líder deste partido era até há pouco tempo primeiro-ministro. Face ao movimento de contestação popular, Bouteflika demitiu-o.
Esta terça-feira, o chefe do Estado-Maior do Exército argelino, Ahmed Gaed Salah, pediu para que Bouteflika seja afastado do cargo por incapacidade. Salah era considerado um dos homens mais fiéis ao presidente. É raro ver o Exército intervir em crises políticas na Argélia, mas as centenas de milhares de pessoas que têm pedido o afastamento do presidente, enquanto aliados importantes se afastam, deixaram os militares sob pressão.
Após a declaração de Gaid Salah nesta terça-feira, o Conselho Constitucional da Argélia reuniu-se para tratar do assunto. É este Conselho que tem o poder de aplicar o artigo 102 da Constituição.