Theresa May e Jeremy Corbyn tentam acordo para o Brexit

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A primeira-ministra britânica e o líder da oposição decidiram encetar negociações com vista a um entendimento para um Brexit com acordo com a UE.

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Há muitas semanas que Theresa May não entra no parlamento britânico em ambiente tão pacífico. A primeira-ministra teve, esta quarta-feira, uma sessão mais calma, onde as trocas de pontos de vista foram possíveis. May declarou que pretende acabar com o bloqueio, garantiu que o seu plano de Brexit não vai voltar e que tem um terreno de entendimento com o líder da oposição.

"Penso que, na verdade, há um certo número de áreas nas quais estamos de acordo em relação ao Brexit. Penso que ambos queremos alcançar a saída da União Europeia com um acordo, ambos queremos proteger os empregos, ambos queremos garantir o fim da liberdade de circulação, acho que ambos reconhecemos a importância de uma retirada com acordo. O que queremos agora é encontrar um caminho que possa levar-nos ao apoio desta câmara e alcançar o Brexit", disse.

A primeira-ministra ouviu diversas opiniões. Um colega de bancada pediu-lhe para descartar a hipótese da extensão do artigo 50. May referiu: "O que eu quero agora é ver que nós somos capazes de encontrar uma posição nesta câmara que sustente a retirada e o acordo, capaz de nos fazer sair a 22 de maio, capaz de evitar a realização de eleições parlamentares europeias, mas só podemos fazer isso se nos unirmos e encontrarmos um caminho que esta casa esteja disposta a apoiar".

Jeremy Corbyn, que sempre gostou de esgrimir argumentos, limitou-se a dizer: "Senhor presidente, congratulo-me com a oferta da primeira-ministra para conversações depois dos encontros que tive com os membros desta câmara, estou ansioso por a encontrar mais tarde e congratulo-me com a disponibilidade que mostra para resolver o impasse do Brexit".

Mas nem todos estão impressionados com este súbito espírito de cooperação entre os líderes partidários. O deputado conservador, Lee Rowley, lembrou declarações recentes de Corbyn: "Na semana passada, nesta câmara, a primeira-ministra disse que a maior ameaça à nossa posição no mundo, à nossa defesa e à nossa economia era o líder da oposição. Na opinião dela, o que é que o qualifica agora para o envolvimento no Brexit?

O que quer que saia destas coversações entre os líderes partidários, o parlamento vai ter de se pronunciar outra vez. Uma última oportunidade para chegar a um consenso, numa câmara que raramente esteve tão dividida.

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