Na Hungria, a ópera "Porgy and Bess" é fonte de polémica

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Elenco húngaro terá assinado documento para ultrapassar determinação exclusiva de George Gershwin

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Desafia a segregação racial e o elitismo artístico, mas na Hungria encontraram-se formas "criativas" para contornar as imposições de George Gershwin.

Se o compositor norte-americano estabeleceu que o elenco da ópera "Porgy and Bess" tem de ser negro, a Ópera Estatal Húngara terá pedido, alegadamente, aos cantores para firmar um documento em que se dizem identificar como afro-americanos.

Uma abordagem pouco ortodoxa, mas vital de acordo com o diretor da Ópera, Szilveszter Ókovács: "Se somos forçados a jogar num campo desportivo absurdo, então não podemos fazer nada além de jogar com um equipamento desportivo absurdo."

De acordo com o diretor, os atores e cantores não são forçados a assinar o documento. Só 15 dos 28 terão, alegadamente, assumido a "nova identidade."

Szilveszter Ókovács acrescenta que a seguir-se a determinação à letra seria impossível mostrar esta ópera na Europa e sublinha que não quer cumprir com a imposição que considera racista: "Na verdade, nem quero cumprir essa determinação. É impossível estipular a participação numa produção, como esta, baseada na origem/etnia ou na cor da pele de uma pessoa."

O preconceito social e o amor atravessam toda a ópera "Porgy and Bess", baseada num romance de DuBose Heyward.

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