Nigel Farage lança o Partido Brexit

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De  João Paulo Godinho
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Antigo líder do UKIP e principal impulsionador da campanha para a saída do Reino Unido da União Europeia espera vencer as eleições europeias de maio.

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O Partido Brexit é a mais recente força partidária no sistema político britânico, depois de ter sido apresentado esta sexta-feira por Nigel Farage, um dos principais rostos do movimento favorável à saída do Reino Unido da União Europeia.

Numa fábrica de Coventry, o antigo líder do UKIP - Partido para a Independência do Reino Unido -, lançou duras críticas a Conservadores e Trabalhistas sobre o processo que paralisou o país.

O objetivo de Farage é agora ganhar as eleições europeias de maio e provocar uma "revolução democrática" na política britânica.

"Na verdade, estupidamente por um momento, acreditei que tínhamos vencido. Mas ficou claro desde cedo que com a suposta negociação que o nosso parlamento, o nosso governo e a nossa primeira-ministra favoráveis à permanência iriam fazer o máximo para atrasar, diluir e, em muitos casos, travar e reverter o Brexit", afirmou.

Um dos trunfos de Farage para as Europeias é Annunziata Rees Mogg.

Ex-militante do Partido Conservador, Annunziata é irmã de Jacob Rees-Mogg, o líder do ERG (European Research Group), a fação eurocética dos 'Tories' que mais lutou pelo Brexit dentro do partido liderado por Theresa May.

"Alistei-me no Partido Conservador em 1984. Esta não foi uma decisão que tomei de ânimo leve - deixar um partido pelo qual lutei em todas as eleições desde 1987, de Margaret Thatcher a Theresa May. E sei bem quem preferia ter agora a liderar-nos", declarou Annunziata Rees-Mogg.

Em 2014, o UKIP, então liderado por Nigel Farage, agitou o cenário político britânico e venceu as eleições europeias.

O Partido para a Independência do Reino Unido elegeu 24 eurodeputados, à frente dos Trabalhistas, com 20, e dos Conservadores, com 19.

Este triunfo contribuiu para selar no referendo de 2016 a vitória da saída sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia.

Quase três anos depois da consulta popular, realizada em 23 de junho de 2016, e após um segundo adiamento pedido a Bruxelas por Theresa May, uma vez esgotadas as datas de 29 de março e 12 de abril, o Brexit continua numa encruzilhada.

O prazo para a conclusão do processo de retirada britânica é agora 31 de outubro de 2019.

Outras fontes • The Guardian

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