Sri Lanka decreta estado de emergência

Sri Lanka decreta estado de emergência
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De  João Paulo Godinho
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O governo do Sri Lanka responsabilizou grupo islamita local pelos atentados, mas admite possível participação de organizações estrangeiras.

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O Sri Lanka decretou hoje a entrada em vigor do estado de emergência em nome da "segurança pública", após os ataques no domingo de Páscoa que fizeram pelo menos 290 mortos e 500 feridos, anunciou a Presidência cingalesa.

O estado de emergência visa fortalecer a ação das forças de segurança, dando-lhes poderes especiais.

A explosão esta segunda-feira de uma carrinha estacionada perto de uma Igreja, em Colombo, foi mais um sinal do clima de tensão no país. As forças de segurança cingalesas revelaram também ter descoberto 87 detonadores de bombas num terminal de autocarros da capital.

"A polícia encontrou 12 deles espalhados no chão e depois revistaram um aterro onde 75 detonadores adicionais foram encontrados", referiu a nota emitida pela polícia.

Até ao momento, já foram detidas 24 pessoas. O governo apontou a autoria dos atentados ao grupo islamita National Thowheeth Jamath, mas não descarta um eventual apoio de organizações estrangeiras.

As oito explosões de domingo atingiram quatro hotéis, três igrejas e um complexo residencial. A pedido das autoridades do Sri Lanka, a célula de crise da Interpol enviou uma equipa de investigadores para o terreno para apoiar as forças de segurança locais.

"A célula de crise da Interpol inclui especialistas em investigação de cenas de crime, explosivos e antiterrorismo, bem como especialistas na análise e identificação de vítimas de catástrofes", referiu num comunicado a Interpol, cuja sede fica em Lyon (França). "Se necessário, especialistas adicionais no campo da medicina digital forense, biometria e análise de vídeo e foto podem ser adicionados a essa equipa no local", indicou a mesma nota.

Por enquanto mantém-se também o bloqueio às principais redes sociais e serviços de mensagens, no sentido de travar a propagação de notícias falsas.

Em memória das vítimas, entre as quais 39 cidadãos estrangeiros, foi também declarado dia de luto nacional para esta terça-feira.

Outras fontes • LUSA/Reuters/EFE

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