Depois de divulgados os resultados das eleições gerais em Espanha, o país aguarda por uma solução governativa.
O eleitorado fragmentado de Espanha espelhou-se nos resultados das eleições e nas capas de jornais. Sem maiorias absolutas, o país acordou para um cenário político de incertezas, que ainda assim conseguiu surpreender uma parte dos eleitores.
Ao balcão de um café, um dos clientes conta-nos que "foi uma surpresa total, porque não esperávamos a queda do PP, por exemplo, nem a do Podemos".
Depois de uma vitória relativa do PSOE, a grande dúvida agora é sobre que forças políticas se vão aliar aos Socialistas para formar governo.
"A coligação vai ser entre o PSOE e o Podemos, porque o eleitorado do PSOE não quer um governo com o Ciudadanos e o Ciudadanos disse que não iria fazer nenhum pacto com o PSOE", explica uma eleitora.
Uma das grandes vitórias políticas foi a do Vox, o partido que passou de zero para 24 deputados e traz de volta a extrema direita ao parlamento espanhol.
Na rua, um jovem diz como lida com a atual divisão. "Conseguiram 24 assentos. Vão ter uma voz no Congresso, mas sem grande expressão. Há diversas opiniões que têm de ser respeitadas, de um lado e de outro", afirma.
Mas, apesar da divisão do eleitorado, foi Sánchez quem, num mandato de oito meses, conseguiu capitalizar mais votos.
"Pedro Sánchez conseguiu muitos votos. O que fez para isso? Primeiro aumentou as reformas, depois implementou muitas medidas sociais que tinham sido congeladas pelo PP", revela-nos outro eleitor.
O período das negociações dos pactos ou das coligações de governo que vâo determinar as políticas de Espanha para os próximos quatro anos começa agora. Pedro Shánchez deixou a porta aberta para todas as formações, portanto, vários cenários são possíveis. Mas o mais importante, dizem as pessoas, é que o próximo governo dê estabilidade ao país.