O anúncio de Rouhani coincidiu com a viagem do chefe da diplomacia norte-americana ao Reino Unido.
O anúncio do Irão de que iria aumentar o enriquecimento de urânio e desafiar o acordo de 2015 coincidiu com a visita do secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo ao Reino Unido e esse foi um dos temas que dominaram o encontro do chefe da diplomacia dos Estados Unidos com a primeira-ministra Theresa May e com o ministro dos Negócios Estrangeiros Jeremy Hunt.
"Vi o relatório e vi a carta que o governo do Irão mandou. Penso que essa carta é intencionalmente ambígua. Vamos esperar para ver. Fizeram várias declarações e ameaçam tomar ações para provocar reações no mundo", disse Pompeo. Os Estados Unidos responderam, para já, com novas sanções à importação de metais do Irão. O setor representa 10% das exportações do país.
Durante o enconto com Pompeo, Jeremy Hunt respondeu, desta forma, à pergunta sobre de que lado estava, Irão ou Estados Unidos: "As sanções foram levantadas em troca de restrições ao programa nuclear iraniano. Se o Irão deixar de respeitar os compromissos nucleares, tem de haver consequências", disse.
À semelhança da União Europeia, o governo alemão insiste na necessidade de se manter o acordo: "A nossa posição é, e continua a ser, que queremos preservar o acordo, em particular impedir o Irão de obter armas nucleares", diz o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas.
Heiko Maas diz que a Alemanha está em contacto com todas as partes que se mantêm no acordo, do qual os Estados Unidos saíram de forma unilateral há um ano, por iniciativa de Trump. O acordo prevê limites no enriquecimento de urânio, em troca de um levantamento das sanções.