Cemitério americano da Normandia prepara celebrações do Dia D.
Harold, James, Samuel, Robert... Ao todo, há 9387 soldados americanos sepultados no cemitério de Colleville-sur-Mer, no norte de França, o país onde morreram em 1944. O chamado Cemitério Americano da Normandia vai acolher, nesta quinta-feira, na presença dos presidentes Emmanuel Macron e Donald Trump, as celebrações do Dia D, 6 de junho, a data do desembarque aliado da Praia de Omaha. A data do início do resgate da França ao jugo nazi.
"Vai ser uma grande cerimónia, com muitos veteranos de guerra. Este cemitério vai ser visto no mundo inteiro. O mínimo que podemos fazer é deixar tudo o melhor possível em respeito aos soldados que libertaram a Europa", dizia-nos um jardineiro.
As estradas exíguas que conduzem ao cemitério não permitem o acesso de mais de 12 mil pessoas para participar nas homenagens. Está tudo planeado ao milímetro.
"É uma grande missão, mas há muita gente a ajudar, por isso estamos dentro dos prazos. Vai correr bem. Estes soldados pertencem a uma geração de libertadores. Não vieram conquistar terra, nem fortuna. Não vieram anexar territórios. Libertaram este país e regressaram a casa. Os únicos que não o fizeram estão enterrados aqui", afirma o responsável do cemitério, Scott Desjardins.
Nos últimos dias, têm chegado à Normandia vários milhares de pessoas que vieram prestar homenagem aos soldados americanos, britânicos, canadianos e franceses que lutaram aqui contra os alemães.
"Os nossos antigos combatentes são idosos... Estão a desaparecer. É importante fazer este tributo a todas as tropas aliadas que nos salvaram", declarava uma francesa que veio até Colleville-sur-Mer.
Emmanuel Macron vai celebrar primeiro uma cerimónia com Theresa May, a escassos quilómetros daqui. Depois junta-se a Donald Trump para assinalar os 75 anos do Dia D, neste cemitério com vista sobre a Praia de Omaha. O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, estará ao lado do homólogo canadiano, Justin Trudeau, na Praia de Juno, onde desembarcaram as tropas do Canadá. O presidente russo, Vladimir Putin, que esteve presente há cinco anos, não foi convidado desta vez.