Milhares de pessoas sairam à rua em Hong Kong para contestar reforma da lei da extradição. Manifestação degenerou em frente ao parlamento
Os maiores protestos em cinco anos não desencorajam o governo de Hong Kong, que se diz empenhado em avançar com a reforma da lei de extradição.
O que começou como um protesto pacífico contra o polémico texto, degenerou em violência na madrugada desta segunda-feira, quando centenas de manifestantes tentaram investir o edifício do parlamento. A polícia respondeu com gás lacrimogéneo.
Apesar da contestação, a chefe do governo Carrie Lam afirmou hoje que o exame do projeto de lei no parlamento "será retomado a 12 de junho", na próxima quarta-feira.
Lam foi um dos principais alvos da manifestação deste domingo, que segundo os organizadores reuniu mais de um milhão de pessoas, no que será o maior protesto em Hong Kong desde o Movimento dos Guarda-Chuvas, em 2014.
A reforma, alvo da contestação, permitirá a extradição para qualquer país que não tenha atualmente um acordo formal com Hong Kong, incluindo a China continental.