Presidente do Cazaquistão admite erros da polícia nas detenções feitas durante a última semana
O Chefe de Estado do Cazaquistão admite erros na atuação da polícia durante as manifestações contra o resultado das presidenciais. Em entrevista à Euronews, Kassym-Jomart Tokaev garante que os erros vão ser corrigidos e as razões dos protestos analisadas. O delfim do antigo Presidente Nazarbaev não admite dúvidas sobre a isenção das eleições e garante que os que foram detidos por terem uma opinião contrária, serão libertados. "Naturalmente, vão ser libertados, porque é apenas uma opinião. Na minha opinião, no geral, as eleições foram justas," afirma.
O Presidente adianta que as reivindicações vão ser analisadas. "Estamos a avaliar o que querem e por agora parece que as queixas dizem respeito principalmente a questões sociais. Não desminto que existam problemas, principalmente porque a população está a empobrecer. As pessoas exigem soluções para os seus problemas sócio-económicos. As autoridades ouviram-nos e vamos trabalhar nisso", diz.
Desde domingo, dia das eleições, há notícia de pelo menos 15 manifestações contra a vitória de Kassym-Jomart Tokaev. Perto de mil pessoas foram detidas - números oficiais. Para Tokaev, a questão estará ultrapassada em breve, mas asume que houve erros da polícia. "Há pessoas que cometeram pequenos delitos, que não põem em causa a segurança, e que serão libertados em breve. Disseram-me que também há pessoas detidas por engano. Vamos pedir-lhes desculpa e devem sair em breve pelo que o problema ficará resolvido," garante em entrevista à Euronews.
Sobre manifestações futiuras, Tokaev repete o aviso do Procurador-Geral do Cazaquistão: "Tudo o que é contra a lei será impedido: manifestações de rua; reuniões não autorizadas ou desordem. São um transtorno para aqueles que não querem fazer parte destas acções".
Alma Ata, a maior cidade do Cazaquistão tem sido o principal palco de protesto.