Russos exigem eleições livres

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Direitos de autor REUTERS/Maxim Shemetov
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As autoridades russas garantem que todos os candidatos da oposição podem inscrever-se nas eleições locais de setembro, em Moscovo. Para este sábado, está programado um grande protesto na capital russa. Nos últimos dias, a polícia fez rusgas em casas de vários líderes da oposição.

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Milhares de manifestantes prometem voltar, este sábado, às ruas de Moscovo para exigirem que as eleições locais de oito de setembro sejam, de facto, livres.

Isto, depois de vários dias de manifestações, na capital russa, após as autoridades terem recusado, no início do mês, dezenas de candidatos da oposição, argumentando que algumas das 5500 assinaturas exigidas, que recolheram, eram inválidas.

A presidente da Comissão Central de Eleições, Ella Pamfilova, afirmou que os candidatos "têm agora a oportunidade de recorrer, quer ao tribunal, quer à Comissão Eleitoral Central, para que seja possível analisar, cuidadosamente, se as recusas são legítimas." Pamfilova garante que o órgão que dirige vai proceder a essa análise "de forma absolutamente transparente com os próprios candidatos, com a imprensa e com os peritos e se, em alguns casos, ou talvez em todos, essas recusas foram ilegais, a Comissão Eleitoral Central fará tudo o que estiver ao seu alcance para restabelecer os seus direitos de voto e repô-los como candidatos."

Segundo a lei, os candidatos independentes às eleições locais devem apresentar as assinaturas de 3% dos eleitores do seu círculo eleitoral para serem registados pela Comissão Eleitoral.

Dmitry Gudkov, um dos candidatos recusados, afirma que é preciso saber se é possível ou não participar, legalmente, em eleições no país. Para Gudkov chegou a altura de saber se "a Rússia será um país normal, moderno e democrático, ou se será um Estado policial autoritário," onde terceiros decidirão o que os russos "devem dizer, o que devem escrever, para onde devem ir e o que devem pensar..."

"Os candidatos independentes reconhecem que podem ser detidos, este sábado, durante uma manifestação não autorizada, porém dizem que essa não é razão para mudar os planos", relata a jornalista a euronews em Moscovo, Galina Polonskaya.

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