Ativista sueca de 16 anos aceita convite da Team Malizia para cruzar o Atlântico num dos veleiros mais rápidos do mundo rumo à cimeira climática da ONU
Greta Thunberg vai embarcar em agosto numa aventura transatlântica para contribuir na redução das emissões de carbono no planeta a caminho da cimeira de ação climática das Nações Unidas promovida pelo secretário-geral António Gueterres.
A ativista sueca, de 16 anos, que decidiu fazer um ano sabático na escola para continuar a sua campanha internacional contra as alterações climáticas, foi convidada para o evento de setembro da ONU e também para a COP25, em dezembro, em Santiago do Chile.
Greta disse à Associated Press ter deixado de voar "por causa do enorme impacto ambiental das viagens de avião" e após uma longa reflexão decidiu que "a melhor solução" para corresponder aos dois convites da ONU seria "velejar".
"Viajar de barco para a América do Norte é quase impossível. Após meses e inúmeros contactos com pessoas que me ajudaram a contactar diferentes barcos, finalmente consegui um, o que foi ótimo", considerou.
A oferta partiu da Team Malizia, de Pierre Casiraghi, o filho mais novo da princesa Carolina, do Mónaco.
"Boas notícias! Vou poder juntar-me à Cimeira de Ação Climática da ONU, em Nova Iorque, e à COP25, em Santiago, e a outros eventos pelo caminho", escreveu Greta Thunberg no Facebook.
A ativista agradeceu a oferta do "veleiro de corrida de 18 metros" da Team Mazilia. "Vamos velejar através do Oceano Atlântico, do Reino Unido para Nova Iorque, em meados de agosto", anunciou a sueca.
A equipa de Casiraghi também se mostrou "honrada" de poder transportar Greta Thunberg "numa viagem à vela de emissões zero através do Atlântico".
Greta diz ser imperativo que se torne "progressivamente mais fácil" para a Humanidade tornar-se "neutra em termos climáticos". "Não estou a dizer o que as pessoas devem fazer. Não digo que as pessoas devem deixar de voar. Apenas digo que tem de ser cada vez mais fácil sermos neutros com o clima", reforçou.
Greta Thunberg tem-se sido uma das principais vozes da juventude mundial no combate às alterações climáticas desde que protagonizou uma "greve à escola pelo clima", no ano passado, após vários incêndios graves na Suécia.
Já este ano, a adolescente sueca cedeu a voz para uma música do novo álbum do grupo britânico The 1975 em que termina a apelar "à desobediência civil e à revolta" pelo planeta.