Migrantes foram resgatados pela embarcação da ONG Sea-Eye mas aguardam um porto seguro para pisar solo firme. Espera-se resistência do ministro italiano do Interior no rescaldo do episódio com o navio "Gregoretti"
Dezenas de migrantes resgatados ao largo da costa líbia pelo navio humanitário "Alan Kurdi" aguardam um porto seguro.
Para a organização não-governamental alemã Sea-Eye, que opera a embarcação, é o ponto de partida para mais um braço-de-ferro com o ministro italiano do Interior. Matteo Salvini assinou uma ordem a proibir a entrada do navio em águas italianas.
"Não precisamos necessariamente de ter uma luta pessoal com Matteo Salvini. Para nós é importante salvar as pessoas em segurança, porque têm o direito. Vamos dirigir-nos de qualquer forma a Lampedusa porque é o porto seguro mais próximo. Depois aguardaremos por instruções adicionais dos centros de coordenação de resgate marítimo", sublinhou Carlotta Weibl, porta-voz da Sea-Eye.
Adivinha-se de um novo foco de tensão depois do impasse vivido pelos migrantes a bordo do navio "Gregoretti." Salvini não autorizou qualquer saída da embarcação, retida no porto de Augusta, na Sicília, até que existisse um acordo ao nível da União Europeia (UE) para a distribuição das pessoas.
Giorgia Orlandi, Euronews - Mais uma organização não-governamental e mais uma interdição de entrada em águas territoriais italianas. Desta vez, foi assinada pelo ministro do Interior, Matteo Salvini, em conjunto com os ministros da Defesa e dos Transportes. Um caso que parece idêntico ao do navio Gregoretti, com uma longa espera para perceber que Estados-membros vão receber parte dos migrantes. Entretanto, a tripulação do Alan Kurdi diz que existe a intenção de aguardar por um acordo e de não forçar a interdição para entrar em águas italianas imposta pelo ministro do Interior.