Pelo menos, três navios humanitários estão a trabalhar para resgatar migrantes das águas do Mediterrâneo, enfrentando governos europeus e sanções pesadas.
Ao todo, são mais de 160 os migrantes resgatados das águas do Mediterrâneo nos últimos dois dias. A ONG alemã Sea Eye, a bordo do navio Alan Kurdi, tirou quatro dezenas de pessoas do mar. Já o movimento humanitário espanhol Open Arms salvou cerca de 120 migrantes, metade dos quais enfrentavam o naufrágio.
Por outro lado, a embarcação Ocean Viking, fretada pelos Médicos Sem Fronteiras e a SOS Mediterrâneo, preparava-se, esta sexta-feira, para zarpar de Marselha rumo à Líbia, de forma a tentar encontrar barcos em risco.
Os ativistas do Alan Kurdi encontram-se, neste momento, bloqueados pelas autoridades italianas em Lampedusa, sendo que Matteo Salvini não dá, mais uma vez, autorização para desembarcar. A tripulação afirma que há várias pessoas a bordo que apresentam ferimentos graves, entre as quais crianças, e uma mulher grávida de 9 meses.
O Open Arms ainda não tem destino anunciado, sendo que certo é que está proibido de navegar em águas territoriais italianas. A Espanha tinha interditado o navio de regressar ao largo da Líbia, sob pena de enfrentar uma multa que pode atingir quase um milhão de euros.