A classe política italiana interrompe as férias para discutir a moção de censura com que o ministro do Interior pretende conquistar o poder.
O líder do Movimento Cinco Estrelas e ministro da Economia e do Trabalho, Luigi Di Maio, teve um regresso antecipado das férias, tal como os senadores e deputados das duas câmaras do Parlamento italiano, para poder discutir a moção de censura com que o próprio parceiro de coligação, a Liga de Matteo Salvini, quer derrubar o governo, depois do desentendimento a propósito do comboio de alta velocidade e numa tentativa de chegar ao poder.
Para o senador Nicola Morra, também do Cinco Estrelas, só falta mesmo... o próprio Salvini: "Os cidadãos têm o direito de saber o que se passa, os debates são no Parlamento e não na praia, por isso o senhor Salvini, ministro do Interior, tem de vir", disse.
O ministro do Interior continua a percorrer as praias do país, em pré-campanha para umas eleições que ainda não têm data e que nem sequer se sabe se vão ter lugar.
Em Catânia, na Sicília, o acolhimento foi pouco caloroso, a comitiva foi recebida com gritos de "palhaços" e depressa saiu dali sem fazer o planeado comício.