Greve de motoristas: Governo português descarta Requisição Civil

Greve de motoristas: Governo português descarta Requisição Civil
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De  Ana Serapicos
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Sindicatos falam de adesão de 80%. ANTRAM diz que não chega a 1%

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Num dia planeado com semanas de antecedência, tanto pelo governo como pelos sindicatos, chegam agora os primeiros dados sobre a greve dos motoristas de matérias perigosas agendada para esta segunda-feira, em Portugal.

Apenas 23 dos 5660 motoristas de matérias perigosas de todo o país estão em greve, segundo a ATRAM, Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias, a qual aponta para 0,4% de adesão à greve. Os sindicatos contestam os números e falam de uma adesão de 80%.

"Esta greve anunciada é uma vitória estrondosa para os representantes deste sindicato e uma derrota brutal para todos os trabalhadores sindicalizados neste sindicato”, assegurou o porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida, em declarações à Lusa.

António Costa, primeiro-ministro português, em declarações à imprensa, falou em "civismo" e "serenidade", e afastou para já Requisição Civil.

Na rede social Twitter admitiu que "todas as entidades estão a funcionar normalmente".

Greve a partir da meia-noite de 12 de Agosto

Ainda nem o sol tinha nascido e já os primeiros camiões saíam para a estrada, para cumprirem os serviços mínimos decretados pelo governo de António Costa.

A greve foi preparada a pinças, tanto de um lado, como do outro. O governo decretou serviços mínimos de 50 a 100% para esta segunda-feira e a possibilidade de Requisição Civil, ou seja, proibição da greve, caso os serviços mínimos não fossem cumpridos, hipótese entretanto afastada.

Acusações nas primeiras horas de greve

O porta-voz dos motoristas denunciou alegados subornos aos condutores para falharem a greve. A ANTRAM negou todas as acusações e acusou o porta-voz de "mentir".

A Comissão Central de trabalhadores veio criticar a posição do governo de definir serviços mínimos porque "põe em causa" o direito constiticional da greve. Direito, o qual, segundo o governo de António Costa não está a ser violado.

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