A cimeira de Biarritz, em França, é vista como um teste à unidade e solidariedade dos velhos aliados
O Presidente francês tomou o lugar de anfitrião. Em Biarritz, recebeu este sábado cada um dos convidados para a cimeira do G7. Na última reunião do grupo, há um ano, no Canadá, Donald Trump saiu mais cedo, sem assinar a declaração final. Emmanuel Macron parece apostado em que o episódio não se repita. Antes da cimeira, teve uma reunião bilateral com o presidente dos Estados Unidos a quem garantiu que não há assuntos-tabu em cima da mesa.
Participante, mas como observador, o presidente do Conselho Europeu fez a avaliação que marca o dia - e o arranque dos trabalhos. Disse Donald Tusk que é cada vez mais difícil encontrar pontos de convergência entre os velhos aliados: França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá, Estados Unidos e Japão. Nas palavras de Tusk, a cimeira é "um teste à unidade e solidariedade do mundo livre" .
A valorização de políticas protecionistas tem em Donald Trump um dos expoentes máximos. O presidente norte-americano trouxe a guerra comercial com a China para a agenda da cimeira, mas manteve-se isolado. Os restantes líderes multiplicaram-se em declarações de defesa do comércio livre e da necessidade urgente de aliviar a tensão das relações entre Washington e Pequim porque, como afirmou Macron, é uma guerra que contamina todas as economias do mundo.
Até Boris Johnson alinhou contra Trump nesta matéria. Logo à chegada, o primeiro-ministro britânico mostrou-se "muito preocupado" com "o crescimento do protecionismo". Apesar de não haver acordo que regule as relações entre o Reino Unido e a União Europeia depois do Brexit, Boris Johnson sublinha o empenho histórico do país no comércio livre.