Angola, RDC e ACNUR buscam solução para refugiados

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De  Neusa Silva
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Autoridades angolados e da RDC discutiram com ACNUR processo de repatriamento de refugiados congoleses. Apesar dos apoios em discussão muitos começaram já a regressar

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Mais de oito mil refugiados da República Democrática do Congo (RDC) instalados no assentamento do Lóvua, município da Lunda Norte, deixaram de forma espontânea o acampamento e seguem em direção à República Democrática do Congo.

O governo Angolano ofereceu transporte mas alguns seguem a pé e por conta própria.

De acordo com Philipa Candler, representante para Angola do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), os relatos de uma melhoria nas condições de segurança em alguns dos locais de origem e a vontade de regressar a tempo do início do ano letivo estão na base do regresso precipitado.

Os refugiados congoleses na Lunda Norte exprimiram vontade de regressar para a RDC , nomeadamente para a província do Kassai, mas por não haver um quadro jurídico estabelecido entre Angola, a República Democrática do Congo e o ACNUR, faziam-no de forma individual, pondo em risco a sua própria segurança, ficando o ACNUR impossibilitado de prestar o devido apoio por falta de um quadro jurídico definido entre os dois países.

Com objetivo de organizar um processo de repatriamento com as mínimas condições de segurança foi antecipada a primeira reunião tripartida entre Angola, a República Democrática do Congo e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados de outubro para agosto, onde ficou definido que a 16 de setembro terá início o processo de repatriamento acompanhado.

Na RDC o ACNUR Já começou a trabalhar com as autoridades para implementar sistemas de monitoramento na fronteira para avaliar a natureza desses retornos e obter informações sobre o tipo de assistência necessária.

A agência da ONU também está em diálogo com os dois países para criar um mecanismo de retornos voluntários, dignos e sustentáveis.

A violência provocada pelos confrontos entre grupos armados e forças congolesas em 2017 forçaram a deslocação de milhões de pessoas, 37 mil refugiados escaparam para Angola

Embora a segurança tenha melhorado na região do Kasai nos últimos meses, a insegurança no país continua a forçar o deslocamento de milhares de pessoas das províncias de Kivu do Sul, Kivu do Norte e Ituri.

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