Sete países assinaram um pacto para coordenar a preservação dos recursos naturais na área de maior biodiversidade do mundo.
Presidentes e representantes de sete países da América do Sul assinaram, esta sexta-feira o "Pacto de Letícia pela Amazónia" para coordenar a preservação dos recursos naturais na área de maior biodiversidade do mundo.
Mas a cimeira, que se realizou em território colombiano, terminou com pouca ação e expôs profundas divergências ideológicas e políticas sobre o desenvolvimento sustentável.
O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não esteve presente, participou através de video-conferência.
"A soberania de cada um de nós é inegociável. As nossas riquezas serão utilizadas de maneira sustentável, de acordo com os recursos que temos, as políticas que temos," afirmou Jair Bolsonaro.
Para o Presidente colombiano, Iván Duque, o encontro serviu para chamar a atenção dos governos da região para a urgência de enfrentar o narcotráfico, a exploração ilegal de minério e a destruição de florestas; três dos grandes males que o chamado pulmão do mundo enfrenta
"Acreditamos que este é um dever moral, as nossas sociedades estão cada vez mais conscientes da necessidade de proteger o lar que partilhamos, a nossa Mãe Terra," declarou Iván Duque.
A devastação que a Amazónia sofre devido aos incêndios que atingem Brasil e Bolívia é uma questão que já cruzou fronteiras.
Como sinal da vontade de combater os incêndios será criada a Rede Amazónica de Cooperação em Desastres Naturais.
Os incêndios florestais na Amazónia brasileira aumentaram em 83% este ano, segundo dados do governo, destruindo vastas faixas de um baluarte vital contra as alterações climáticas globais.
O pacto foi assinado, além de Duque, anfitrião da reunião, pelos seus homólogos do Peru, Martín Vizcarra; Bolívia, Evo Morales; Equador, Lenín Moreno, assim como o vice-presidente do Suriname, Michael Ashwin Adhin; o ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Ernesto Araújo, e o ministro de Recursos Naturais da Guiana, Raphael Trotman.