Autoridades turcas ameaçam reativar crise migratória Europeia

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De  Euronews
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País está a ser pressionado pelo número de migrantes que usam a rota migratória da Grécia, atravessando o mar

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Embalagens vazias de coletes salva-vidas, um sapato e roupa. Na costa sul da Turquia encontram-se vestígios de uma rota migratória para a União Europeia que voltou a estar em alta para aqueles que dizem não poder regressar e casa e que ao mesmo tempo alegam não sobreviver na Turquia.

A síria Kawthar Barazi é disso exemplo. Candidatou-se junto do organismo das Nações Unidas para os refugiados a ser reinstalada, mas ainda não obteve resposta. À falta de uma solução tentou chegar por mar à Grécia com os três filhos em três ocasiões. Agora vivem na cidade costeira de Esmirna, perto das ilhas gregas.

De acordo com números das autoridades turcas há cada vez mais pessoas intercetadas no mar que rumam à Grécia. Em setembro, o número triplicou.

Mohammed Salih lidera a organização não-governamental "Fundação para os Refugiados Sírios", que ajuda sírios em Esmirna. Diz que o número dos que o procuram duplicou desde julho. Refere que muitas pessoas dizem vir de Istambul depois do anúncio do Governo turco de que os migrantes não registados na cidade têm de partir.

"Agora têm de encontrar um novo lugar para viver, um novo emprego. Estão numa situação realmente difícil", sublinha Mohammed Salih.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, tem feito pressão em nome do apoio internacional para uma zona segura na Síria. Quer que um milhão de sírios regresse à origem e ameaçou abrir a rota migratória se essa ajuda não chegar.

Münir Ensari, vice-líder do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) de Erdoğan em Esmirna, diz que as autoridades turcas continuam a cumprir o acordo com a União Europeia para conter o fluxo de migrantes. Mas lembra que a Turquia ainda não recebeu a ajuda financeira prometida: "Aguardamos há muito tempo. O nosso presidente disse que faríamos a nossa parte neste acordo mas não obtivemos nada em troca. Se continuar assim poderemos romper o acordo."

Enquanto isso, refugiados como Barazi são deixados à própria sorte entre a procura de um futuro na Europa e a realidade na Turquia.

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