Milhares de pessoas sairam à rua em Barcelona para assinalar o Dia da Catalunha, mas o movimento independentista parece estar a perder vitalidade
Milhares de pessoas desfilaram esta quarta-feira pelas ruas de Barcelona para assinalar a Diada, o Dia da Catalunha, com reivindicações de independência para a comunidade autónoma espanhola e para pedir a libertação dos líderes separatistas detidos.
Um desfile que ocorre num clima de clivagem entre os partidos independentistas e na expectativa da sentença dos que participaram no processo secessionista de 2017.
Ainda assim, o presidente da região autónoma, Quim Torra, defendeu que "esta enorme manifestação, que concentra milhares de catalães, deixa uma mensagem clara: o objetivo para as próximas semanas e meses é a independência da Catalunha. Uma mensagem clara para a Europa e o resto do mundo".
Um reformado que participou no desfile afirmava que "é o passo no sentido de consciencializar o resto da Europa. O mundo está a aperceber-se do que está a acontecer [na Catalunha], que é uma vergonha. O que a Espanha está a fazer contra o povo catalão é como o 'apartheid' sul-africano. Uma injustiça total."
Apesar da multidão presente, o independentismo catalão parece estar a perder força: segundo os números avançados pelas autoridades "cerca de 600.000" pessoas sairam à rua este ano, uma baixa significativa em relação ao milhão que se manifestou na capital catalã em 2018.