EUA processam Snowden por causa de novo livro

EUA processam Snowden por causa de novo livro
De  Euronews

Antigo funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA diz que "Permanent Record" é "o livro que o governo não quer que seja lido"

Edward Snowden diz que não houve "juramento de sigilo" no trabalho ao serviço da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA).

O ex-funcionário da NSA lançou um novo livro de memórias intitulado "Permanent Record." O Departamento de Justiça dos EUA processou imediatamente Snowden, alegando que o livro viola acordos de confidencialidade assinados com a CIA e NSA, que não foi submetido à revisão das agências de inteligência e que os discursos proferidos violam o acordo de sigilo.

Snowden manifestou-se sobre a matéria numa videoconferência de um evento promovido pelo semanário alemão "Die Zeit."

"Temos um juramento de serviço muito dramático. Foi o que fiz no meu primeiro dia de trabalho. Jurei lealdade, fiz um juramento de lealdade não à CIA, não à comunidade de inteligência, nem mesmo ao governo dos EUA. Mas o juramento diz 'juro apoiar e defender a constituição dos EUA, a nossa lei fundamental, contra todos os inimigos, estrangeiros ou domésticos.' Esta foi a cena que serviu de antecâmara ao palco que se tornaria no maior conflito da minha vida", sublinhou Snowden, durante a videoconferência.

A editora do livro também foi visada pelo Departamento de Justiça.

No Twitter, Snowden disse tratar-se do livro que o Governo dos EUA não quer que seja lido.

Em 2013, Snowden divulgou documentos confidenciais dos serviços secretos americanos, que incluíam escutas telefónicas de líderes políticos. Foi acusado de espionagem e encontra-se exilado na Rússia.

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