Ataque a petrolífera saudita faz aumentar a tensão entre os países.
De malas feitas para uma reunião das Nações Unidas, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros não partiu sem antes deixar um aviso aos Estados Unidos e à Arábia Saudita: em caso de ataque, o Irão está preparado para a "guerra total".
Através do Twitter, Javad Zarif alertou ainda para os aliados que alegadamente tentam enganar Donadl Trump e dar início a uma guerra, quando ainda não conseguiram por fim à que assola o Iémen há quatro anos.
Em Abu Dhabi, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo reiterou as acusações ao Irão. "Acho que é bastante claro e existe um consenso enorme na região de que sabemos exatamente que quem conduziu esses ataques foi o Irão. Eu estava aqui num ato de diplomacia, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão está ameaçar lutar até o último americano. Estamos aqui para construir uma coligação com o objetivo de alcançar a paz, uma solução pacífica. Esse é a minha missão", disse aos jornalistas
Esta quarta-feira, a Arábia Saudita apresentou restos de armamento alegadamente usado pelo Irão no ataque a uma petrolífera do país, no passado fim-de-semana.
A saudita Aramco foi atingida por drones e mísseis, num ataque reivindicado por um grupo de iemenitas huthis, rebeldes apoiados pelo Irão, na guerra que decorre no Iémen desde 2015.