Militares sírios apoiados pela Rússia chegam a Kobani para travar avanço da Turquia. Ancara diz lutar por uma zona de segurança, sem curdos.
Num esforço para bloquear o avanço das tropas turcas, as forças sírias, ladeadas pelas russas, entraram em Kobani, uma cidade fronteiriça e com uma importância estratégica. Informação avançada pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitoriza a guerra na Síria a partir do Reino Unido.
Kobani é a localidade onde estiveram estacionadas as tropas dos EUA e os combatentes curdos, unidos na luta contra o grupo Estado Islâmico.
A saída precipitada das forças norte-americanas do terreno abriu portas à entrada da Turquia no país, justificada pela defesa de uma zona de segurança e que se traduz numa cruzada contra os curdos na Síria. Situação aproveitada pela Rússia, aliada de Damasco, para se posicionar também no terreno. Sobre a incursão russa na Síria Donald Trump afirmou que não vê problema nenhum no facto de Moscovo ajudar Damasco no conflito contra a Turquia.
Enquanto os militares turcos continuam a avançar em território sírio, o vice-presidente dos EUA, Mike Spence e Mike Pompeo, chefe da Diplomacia do país, chegam esta quinta-feira a Ancara para pedir a Recep Tayyip Erdogan, o presidente turco, para parar a ofensiva na Síria.