Barcelona paralisada por greve geral e protestos

Greve geral e manifestações maciças: milhares de pessoas convergiram de toda a Catalunha sobre Barcelona, no quinto dia de protestos contra as sentenças ditadas contra vários ex-líderes do movimento independentista.
Os protestos dos últimos dias degeneraram várias vezes em violência.
Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol: "Os responsáveis pelos atos violentos serão identificados e levados perante a Justiça, para receberem a sentença que merecem. Não haverá espaço para a impunidade, depois dos atos violentos a que assistimos estes dias, em várias cidades da Catalunha."
Para além da contestação nas ruas, a jornada de mobilização era aparente nos monumentos fechados, voos anulados e estradas cortadas. Para esta sexta-feira, tinha sido convocada uma greve geral com o objetivo de paralisar a região autónoma, que representa um quinto do PIB da Espanha.
Uma residente de Barcelona dizia: "Eu quero ir trabalhar, porque estou por conta própria. Percebo e respeito a situação. Se não agirmos juntos, não poderá ser conseguida a independência... Mas eu o que preciso principalmente é trabalhar!"
Uma jovem de passagem na capital catalã afirmava: "Não sou de aqui... Não nos deixam ir trabalhar, nem para o curso de formação para onde devia ir agora. Não sei se conseguirei chegar ou não, já está pago há muito tempo..."
Cristina Giner, euronews: "Muitas pessoas diziam-nos que sentiam raiva, ira e tristeza com o que está a acontecer, sobretudo devido às imagens de violência. Outros diziam que a única forma que têm de lutar pelo seu objetivo é ocupar as ruas, sair à rua como estão a fazer. Mas, sobretudo, há também muito preocupação pela projeção internacional que está a dar a cidade, que vive principalmente do turismo."
A justiça espanhola ordenou o encerramento da página web da plataforma Tsunami Democrático (Tsunami Democràtic), por indícios de "terrorismo" na promoção dos protestos que terminaram em graves distúrbios em várias cidades catalãs.