Esta mostra vai estar aberta ao público na Casa da Arquitetura, em Matosinhos, até setembro de 2020.
Um dos maiores arquitetos portugueses depositou, em maio passado, o seu acervo na Casa da Arquitetura, em Matosinhos. Apenas cinco meses depois, a instituição apresenta a primeira leitura do mesmo: A exposição "Souto de Moura - Memórias, Projetos, Obras", sob a curadoria do arquiteto português Nuno Graça Moura e do historiador italiano de arquitetura Francesco Dal Co.
"As memórias são muitas, porque são 40 projetos e cada projeto tem dezenas de memórias. Há uns que têm melhores memórias do que outros. Talvez o projeto de que tenha melhores memórias, de que mais gostei foi o do Estádio do Braga. Também tenho boas memórias do metro (do Porto), que foi um projeto que mudou a cidade e o território", realça Eduardo Souto de Moura, galardoado com o prémio Pritzker em 2011.
"O Eduardo é na atualidade, provavelmente, um dos mais talentosos ou o mais talentoso e interessante arquiteto do mundo. Outra coisa que é muito peculiar no Eduardo é o facto de ele ser um arquiteto que não é, de todo, escravo da moda", realça Francesco Dal Co um dos curadores da exposição e amigo de Souto de Moura.
Na exposição há um espaço onde o arquiteto tem as maquetes de alguns dos projetos em que está a trabalhar neste momento, pelo que os visitantes poderão acompanhar a evolução dos mesmos. Souto de Moura decorou este ateliê, onde promete passar algumas horas por semana, com diversos posters, nomeadamente com referências a arquitetos de que gosta: "O Siza é incontornável. O Rossi foi meu professor e é um dos arquitetos de que eu mais gosto. E o arquiteto que mais gosto é o Mies Van der Rohe. E gosto especialmente daquela fotografia, porque ele está numa grande ressaca, penso eu... descansado, com a consciência tranquila".
A exposição "Souto de Moura - Memórias, Projetos, Obras" inclui 40 projetos do arquiteto português nunca antes apresentados. Esta mostra vai estar aberta ao público na Casa da Arquitetura, em Matosinhos, até setembro de 2020.