O primeiro-ministro insistiu que se o Parlamento quer, de facto, mais tempo para estudar o acordo do Brexit, então tem de permitir a convocação de eleições antecipadas no dia 12 de dezembro.
Boris Johnson, anunciou, esta quinta-feira, que vai pedir ao Parlamento para aprovar a realização de eleições antecipadas a 12 de dezembro, como condição para os deputados estudarem o acordo do Brexit firmado com Bruxelas, há uma semana.
O anúncio surgiu após a Casa dos Comuns ter aprovado a agenda legislativa do Governo, rejeitando várias propostas de alteração da oposição, onde se incluía a livre circulação com a União Europeia.
A jogada do primeiro-ministro poderá não ter êxito no Parlamento uma vez que a oposição não recua e exige que a hipótese de um Brexit sem acordo seja descartada.
"O partido trabalhista da oposição de Sua Majestade apoiará novas eleições desde que seja descartado um não acordo... e se a extensão permitir", afirmou a deputada do Partido Trabalhista, Valerie Vaz.
Boris Johnson insistiu que se o Parlamento quer, de facto, mais tempo para estudar o acordo do Brexit, então tem de permitir a convocação de eleições antecipadas no dia 12 de dezembro.
"É esse o caminho a seguir, porque este Parlamento já se arrasta há muito tempo sem maioria. Recusa-se a promulgar o Brexit. É impossível apresentar legislação. É tempo, francamente, da oposição invocar a coragem de se submeter ao julgamento do patrão coletivo, que são os cidadãos do Reino Unido".
Boris Johson ameaçou retirar o acordo do Brexit caso o líder trabalhista, Jeremy Corbyn recuse convocar eleições antecipadas. A manobra do primeiro-ministro britânico suspende, assim, os planos da União Europeia de conceder uma nova prorrogação da data do Brexit até 31 de janeiro.