Britânicos em suspenso

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Reino Unido vai a votos dentro de cinco semanas. Eleitores esperam que o resultado das urnas desbloqueie o país.

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Dentro de cinco semanas, o Reino Unido vai às urnas para decidir quem será o próximo chefe de Governo e quem vai viver no número 10 de Downing Street.

Por enquanto, ainda é Boris Johnson. Realiza a última reunião de gabinete antes que a campanha comece oficialmente.

"Estamos prestes a avançar para uma eleição geral, que, acho justo dizer, nenhum de nós, particularmente, queria realizar. Acho que todos queríamos, muito, continuar a trabalhar em prol do nosso país," afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Os conservadores lideram as sondagens, seguidos pelos trabalhistas e, depois, os liberais democratas de. Jo Swinson, líder dos liberais-democratas, estabeleceu uma meta ambiciosa:

"Estou animada por estar aqui como candidata a primeira-ministra," declarou a líder do Partido Liberal-Democrata, Jo Swinson.

As hipóteses de Swinson se tornar na terceira primeira-ministra do Reino Unido são reduzidas, mas espera-se que o partido consiga assentos e possa desempenhar um papel fundamental no caso de um Parlamento suspenso.

Mas o público parece estar farto da conversa de Westminster. Por isso, nas próximas semanas, os políticos terão de calcorrear o Reino Unido de Norte a Sul para conquistar os eleitores.

Primeira paragem, Essex, onde o Labour (Partido Trabalhista), o principal partido da oposição, quer resolver um problema - Brexit - é claro. Depois de passarem anos, desde o referendo, a lutar para chegar a uma posição de consenso entre eles, esperam conseguir transmiti-la claramente ao público,

Mas será esta eleição realmente sobre o Brexit; o segundo referendo que nunca aconteceu? Estes membros do Labour esperam que não seja esse o caso:

"Sou professora. Dizemos aos alunos que estão a estudar para isto ou para aquilo. Mas, afinal, estudam com que objetivo? Onde estão os empregos? O que vão fazer?," questiona uma apoiante do Labour.

"Esta eleição é sobre uma centena de coisas diferentes. Devia ser sobre recuperar este país, acabando com a austeridade," afirma um outro apoiante do Labour.

Desde que a eleição foi convocada, houve um grande crescimento do número de recenseados entre os menores de 25 anos. Entre alguns dos novos eleitores existe um certo entusiasmo por poderem ir votar pela primeira vez, mas sabem que será difícil afastarem-se da questão do Brexit.

“O nosso país está num estado de confusão, é só incerteza. Acho que isto pode ser muito rápido. Quem elegermos é quem vai decidir o que vamos fazer. Se vamos ter acordo, se vamos sair sem acordo," revela uma estudante universitária.

"Gostaria de ouvir falar sobre educação e saúde no Parlamento. Sinto que, nos últimos três anos, acabámos por ficar presos ao Brexit e só se fala disso mas há questões mais importantes para o nosso país,” considera uma outra estudante.

"Embora tenha levado muito tempo, ainda precisamos de falar sobre o Brexit, porque ainda é relevante. Não acho que possamos seguir em frente," afirma uam estudante universitária.

"As pessoas, provavelmente, vão votar com base na opinião sobre o Brexit. Acho que esta eleição será sobre o Brexit," explica um estudante.

Apesar dos esforços dos líderes políticos para ampliar os temas de campanha, parece que o Brexit ainda deve dominar o caminho do poder.

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