Pequim acusa Londres de tomar partido dos manifestantes

Pequim acusa o Reino Unido de tomar um partido nos protestos de Hong Kong e aconselhou Londres a não interferir com os assuntos internos da China. Nas ruas do território autónomo, a violência parece não ter fim à vista.
Os protestos em Hong Kong duram já há cinco meses e a pressão sobre o governo chinês é maior que nunca. Não só devido ao escalar de violência nas ruas da cidade mas também devido à intensificação das críticas da comunidade internacional. Vários políticos britânicos referiram-se aos manifestantes como ativistas pró-democracia.
Pequim não achou piada. Liu Xiaoming, embaixador da China no Reino Unido, classificou os comentários de "irresponsáveis" e foi bem claro: "Quando o governo britânico critica a polícia de Hong Kong ou a forma como o governo local está a gerir a situação, penso que está a interferir com assuntos internos da China. Mostram uma face de equidistância mas estão a tomar um partido."
Centenas de manifestantes continuam barricados no campus da Universidade Politécnica. Os feridos já puderam sair mas a polícia sublinha que a rendição é a única opção. Apesar dos apelos à calma, a China ameaça usar munição real para colocar um ponto final aos confrontos no campus universitário caso os manifestantes usem armas letais.