O novo Projeto de Emenda à Cidadania, de autoria do primeiro-ministro Narendra Modi, é considerado pela oposição como "discriminatória" e "inconstitucional".
A Câmara Alta do Parlamento da Índia aprovou, esta quinta-feira, uma lei que garante a nacionalidade indiana a pessoas de minorias religiosas de outros países. A lei está a ser contestada pois exclui a religião muçulmana.
O novo Projeto de Emenda à Cidadania, de autoria do primeiro-ministro Narendra Modi, é considerado pela oposição como "discriminatória" e "inconstitucional".
Os protestos saíram às ruas, desde segunda-feira, altura em que o projeto de lei foi aprovado na Câmara Baixa do Parlamento.
Os manifestantes, em especial no estado de Assam, no nordeste da Índia, incendiaram pneus e cortaram estradas e árvores.
Grupos islâmicos e de defensores dos Direitos Humanos acusam o primeiro-ministro de ter uma agenda nacionalista hindu, que tem como objetivo marginalizar os milhões de muçulmanos que vivem na Índia.
Para evitar a escalada de violência, foi imposto o recolher obrigatório em algumas localidades do estado de Assam.