O governo teme que o movimento social contra o novo sistema de pensões prejudique os feriados e as férias de milhares de pessoas
Em França, o décimo dia de greve dos transportes foi também dia de jornada de protesto dos coletes amarelos.
A tensão social aumenta no país e a poucos dias do natal ninguém sabe até quando vai durar a paralisação. O governo teme que o movimento social contra o novo sistema de pensões prejudique os feriados e as férias de milhares de pessoas.
Veronique Delmas gere uma loja de café e de tabaco em Paris. Conta que os comerciantes estavam a começar a recuperar os prejuízos dos protestos dos coletes amarelos mas, “como aconteceu em 2018, novembro foi um bom mês mas dezembro não”. Todos esperam que a situação melhore "mas não sabem quando é que as greves vão acabar".
O braço-de-ferro entre sindicatos e governo vai continuar e, nas ruas, a situação é muitas vezes caótica
Brian Manasell, turista britânico, conta que “há muita confusão e que não há segurança suficiente para proteger as pessoas”.
Este sábado, na capital francesa, cerca de 50% dos autocarros ficaram encostados e mais de metade das linhas de metro não abriram as portas. Nas estradas de entrada das grandes cidades as filas chegam a ter centenas de quilómetros.