Em entrevista à Euronews, o ministro das Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto explicou que o país quer assumir um papel de relevância na diplomacia africana e lusófona.
Angola vai abrir uma embaixada em Timor Leste. Uma decisão do governo de Luanda no quadro do reforço das relações com os países da CPLP.
Em entrevista à Euronews, o ministro das Relações Externas de Angola, Manuel Augusto, lembrou que "Timor tem um papel estratégico tendo em conta a situação geográfica".
Angola, que vai assumir a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, garantiu ainda que a questão da livre circulação de cidadãos entre os nove membros vai continuar a ser uma das prioridades nos próximos dois anos.
Mas Luanda não está apenas interessada nas boas relações com os países lusófonos: o chefe da diplomacia angolana espera formalizar a entrada para a Commonwealth, comunidade que junta os países anglófonos, em 2020 e avançar com as negociações para aderir o mais rápido possível Organização Internacional da Francofonia (OIF). Mas para Francofonia o processo de adesão continuará a decorrer até à próxima cimeira da OIF que acontece apenas em 2021.
Ainda em matéria de mobilidade, o ministro explicou que Angola está apostada em criar condições para atrair os cidadãos do país que vivem no exterior. De qualquer forma, as estatísticas mostram que Angola não é dos países africanos que mais sofre com a saída de quadros, uma vez que na última década, a conjuntura económica do país fez regressar muita mão-de-obra qualificada e atraiu mão-de-obra estrangeira.