Hero MotorSports abandona Rali Dakar por respeito a Paulo Gonçalves

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De  Nara Madeira com AP/AFP/RTP
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A equipa de Paulo Gonçalves, a Hero MotorSports, anunciou que abandona o Rali Dakar por respeito ao colega falecido.

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A equipa de Paulo Gonçalves, a Hero MotorSports, anunciou que abandona o Rali Dakar por respeito ao colega falecido. 

Em comunicado, esclarece-se que a equipa está em profundo luto após a trágica morte.

No domingo pilotos e equipas do Dakar prestavam tributo a Paulo Gonçalves. O motociclista faleceu na sétima etapa da prova, no deserto, na Arábia Saudita. A oitava, e a pedido dos participantes, acabou anulada.

Na página da internet da organização lê-se que o Paulo era "uma figura amada" que era "imensamente respeitado por veteranos e competidores menos experientes que o admiravam e se inspiravam nele".O tributo de pilotos e equipas do Dakar ao corredor português Paulo Gonçalves aconteceu ao final de domingo, já depois de terminada a "malfadada" etapa na qual perderia a vida. O motociclista faleceu

no meio do deserto, na Arábia Saudita.

A oitava etapa, que deveria decorrer num circuito à volta de Wadi Al-Dawasir, e a pedido dos participantes, acabou anulada. Na página da internet da organização do Dakar anuncia-se a decisão e lê-se que o Paulo era "uma figura amada" que era "imensamente respeitado por veteranos e competidores menos experientes que o admiravam e se inspiravam nele".

Era a 13ª vez que se lançava neste desafio de percorrer desertos perigosos. Em 2016, nesta mesma competição, entre Bolívia e a Argentina, e depois de parar para ajudar um colega, um adversário de peso, Matthias Walkner que acabara de cair da sua moto, dizia não fazer mais do que aquilo que lhe competia, porque os outros fariam o mesmo por si. Nem sempre fizeram, Cyril Desprès não o fez, mas esta foi uma demonstração imensa de fair-play que também lhe valeu boas surpresas, como o facto da organização lhe ter reposto o tempo que "perdeu" a ajudar Matthias Walkner. Nessa altura, mostrava-se consciente de que "o Dakar é uma aventura de muito risco, de muito sacrifício", dizia, "damos tudo por tudo ao longo de vários dias, milhares de quilómetros, e o risco está sempre à espreita". Sempre presente.

O corredor luso, de 40 anos, faria 41 no início de fevereiro, o número oito da prova de motos do Dakar, morreu após uma queda, ao quilómetro 276 da especial. Quando o helicóptero médico chegou ao local o português estava inconsciente, tinha sofrido uma paragem cardíaca, não conseguiram reanimá-lo. O óbito foi declarado já no hospital. O australiano Toby Price permaneceu ao lado dele até um pouco depois da chegada da equipa médica.

Um mês antes de voltar ao Dakar tinha sofrido uma queda grave, em Portugal, quando preparava uma prova internacional. Já durante esta prova chegou quase a desistir quando partiu o motor mas, como sempre, arregaçou as mangas e fez aquilo para que foi talhado, seguir caminho.

Paulo Gonçalves estreou-se no Dakar em 2006. Terminou quatro vezes a prova nos dez primeiros lugares. Em 2015 chegou mesmo a sagrar-se vice-campeão. Ambicionava chegar mais longe, já tinha sido campeão do mundo de Cross-Country, mas o sonho de conquistar o Dakar ficará por cumprir.

Editor de vídeo • Nara Madeira

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