Manifestantes criticavam poder iraniano, depois de Teerão ter admitido que avião da Ukraine International Airlines foi abatido por engano com míssil anti-aéreo. Canadá exige justiça e compensações
As autoridades iranianas recorreram a munições reais e gás lacrimogéneo para dispersão uma manifestação contra o poder, em Teerão, depois do regime ter admitido que o avião da Ukraine International Airlines que se despenhou perto da capital na semana passada foi abatido por engano com um míssil anti-aéreo.
Os meios oficiais iranianos não relataram os incidentes, mas grupos de defesa dos direitos humanos divulgaram vídeos da violência nas redes sociais.
No Canadá, decorriam em simultâneo homenagens às vítimas. Cinquenta e sete dos 176 ocupantes do voo da companhia ucraniana eram canadianos.
Às 1700 pessoas reunidas numa homenagem na Universade de Edmonton o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, afirmou: "Vocês dão-nos motivação para lutar pela justiça e apurar responsabilidades. Quero garantir a todas as famílias e todos os canadianos que não descansaremos enquanto houver perguntas por responder e até que haja justiça e responsabilização."
Depois de ter negado qualquer responsabilidade no incidente, o regime iraniano acabou por admitir no fim-de-semana que o avião ucraniano tinha sido abatido por engano, com um míssil das suas forças armadas. O Canadá já exigiu compensações financeiras para as famílias.