Tribunal Internacional de Justiça ordena que Myanmar proteja minoria Rohingya

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O mais alto tribunal da Organização das Nações Unidas considerou que "o povo rohingya continua extremamente vulnerável".

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O Tribunal Internacional de Justiça de Haia, nos Países Baixos, ordenou que o Myanmar tome todas as medidas necessárias para impedir o genocídio das pessoas da minoria muçulmana rohingya.

O mais alto tribunal da Organização das Nações Unidas considerou que "o povo rohingya continua extremamente vulnerável".

"A República da União de Myanmar (CUT) deve tomar todas as medidas ao seu alcance para impedir a prática de todos os atos no âmbito do artigo 2º da Convenção, em particular: matar membros do grupo (Rohingya), causar graves danos corporais ou mentais aos membros do grupo, infligir, deliberadamente, ao grupo condições de vida calculadas para provocar a sua destruição física, no todo ou em parte", referiu o juiz Abdulqawi Ahmed Yusuf.

A sentença surge dias depois de Aung San Suu Kyi, líder da antiga Birmânia e Nobel da Paz, ter defendido o exército do país e, perante o Tribunal, ter negado os crimes cometidos contra os rohingya, amplamente documentados.

Os juízes do Tribunal Internacional de Justiça ordenaram, ainda, que o Myanmar elabore um relatório, daqui a quatro meses onde explique quais foram as medidas que tomou para cumprir a sentença.

De acordo com os investigadores da ONU, pelo menos 390 vilas rohingya foram pilhadas, queimadas, destruídas. Mulheres e meninas foram violadas, centenas de pessoas foram espancadas ou expulsas, no Myanmar. Os membros desta minoria étnica muçulmana tiveram de fugir em massa para o Bangladesh, onde também vivem sem qualquer proteção.

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