Líderes do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e do Conselho Europeu falam de como as relações com o Reino Unido devem ser a partir de agora.
Os líderes das três principais instituições europeias - Comissão, Parlamento e Conselho, juntaram-se para dizer adeus ao Reino Unido, a algumas horas de deixar, oficialmente, de fazer parte do bloco comunitário. A partir de agora, a União Europeia vai ter de procurar outro tipo de relação com o Reino Unido.
"Não haja dúvidas de que os desafios que a Europa enfrenta e as oportunidades que pode aproveitar não mudaram por causa do Brexit. Queremos ter a melhor relação possível com o Reino Unido, mas isso nunca será o mesmo que ser Estado-membro", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, deixou claro que, para que haja um acesso fácil ao mercado europeu, o Reino Unido tem de mostrar respeito: "Como União Europeia, queremos ter uma relação o mais estreita possível com a Grã-Bretanha. Temos de ser claros nesta matéria. Quanto mais a Grã-Bretanha divergir em relação aos padrões europeus, menos terá acesso ao mercado único"
O Brexit é o maior desafio alguma vez enfrentado pelo bloco, por isso os líderes dizem que a unidade é mais precisa que nunca: "É um dia que vai entrar para a história da União Europeia, que vai permitir às nossas instituições e aos nossos países encontrar-se unidos e orgulhosos da defesa de um espaço tão importante e vital", disse o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli.
Em contraste com a mensagem de união em dia de desunião deixada pelos líderes, os eurodeputados britânicos pró-Brexit fizeram uma saída triunfal do Parlamento Europeu, ao som da gaita-de-foles, enquanto entram numa realidade pela qual fizeram campanha ao longo de décadas.