Morreram dois passageiros do cruzeiro em quarentena no Japão

Morreram dois dos passageiros a bordo do cruzeiro de quarentena no Japão. As vítimas eram um casal de idosos infetados com o novo coronavírus. Entretanto chegaram de avião a Hong Kong pessoas retidas durante as duas semanas no navio. Mas para a quarentena em terra seguiu apenas quem os testes comprovaram não estar infetado.
Após ter estado no "Diamond Princess", o especialista em doenças infecciosas Kentaro Iwata não poupa críticas a todo o processo de contenção do contágio. Uma situação que descreve como "completamente caótica".
Um dia antes do desembarque, subiu a bordo com uma equipa de assistência médica e deparou-se com um cenário onde alegadamente "não havia distinção entre a zona verde, livre de infeção, e a zona vermelha, potencialmente contaminada pelo vírus".
A estratégia do governo japonês de manter milhares de pessoas num espaço fechado tem sido criticada por alguns especialistas. No entanto, há também quem a defenda. É o caso de Shigeru Sakurai, professor na Universidade Médica de Iwate, no Japão, que afirma que "manter cerca de 3700 passageiros e a tripulação a bordo foi a medida adequada, porque, em terra, não havia uma estação de quarentena tão grande".
Esta quarta-feira, as autoridades confirmaram 79 novos casos do novo coronavírus dentro do cruzeiro, aumentando para 621 o total de infetados no navio.
Governo chinês combate contágio
Já na China, o governo tem-se esforçado em mostrar ao mundo como combate o contágio da doença.
No epicentro da propagação do vírus, em Wuhan, inspetores protegidos por fatos sanitários estão a ir de porta a porta na tentativa de identificar todos os casos.
Enquanto da televisão estatal chegam imagens de 12 novos hospitais para mais de 20 mil pacientes com casos moderados de infeção.